Selva Selvaggia
“Selva Selvaggia é um livro medroso, doído, pasmo, de um homem na casa dos trinta, que teve como guias uma porção de Vergílios, nos 13 anos de uma caminhada “autour de soi même”: um “romântico incurável” que atravessou a aridez experimentalista do concretismo e do poema-processo, mas acabou redescobrindo os santos óleos de Rosário Fusco e reassumiu seu sensualismo essencial. Talvez este seja o único livro de poemas brasileiro que obedece declaradamente a um plano geral de montagem. O poeta o quis estruturado como um filme. E essa verdadeira “trouvaille”, esse truque, acabou por dar ao livro uma dimensão que ultrapassa a de uma simples coletânea”. (Francisco Marcelo Cabral, 1976).
“Está nas livrarias mais um belo livro de poesias: Selva Selvaggia, de Ronaldo Werneck, um poeta, acima de tudo, contemporâneo, uma sensibilidade afinada com o seu tempo. O livro, que o poeta chama de Cine-Poema, atribuindo-se o “roteiro e direção”, revela não só a convivência do autor com os variados experimentalismos poéticos que assolaram nossas letras nos últimos anos, mas também, e principalmente, uma experiência aguda e atenta do que também significou simplesmente estar vivo nestes últimos anos. Werneck é um poeta cujo amor pela palavra contamina o leitor. Recomendo.”
(Luiz Carlos Maciel, Folha de São Paulo, 17.12.76)
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